Área em ascensão, a gestão das práticas de diversidade e inclusão das empresas ganha força e importância, não apenas no cumprimento de propósitos e valores sociais, como também com reflexo nos resultados financeiros dos negócios
A gestão das práticas de incentivo à diversidade, à equidade e à inclusão (DEI) ganha cada vez mais espaço dentro das empresas. E essa iniciativa não se resume a uma ação social e se fortalece como uma estratégia de negócio importante, indispensável e com reflexo direto nos resultados financeiros. Por isso, a formação e a qualificação de profissionais para essa atividade se tornaram uma demanda essencial do mercado. E foi esse fenômeno que chamou a atenção de Tânia Chaves, palestrante e especialista no tema, que para preencher essa lacuna fundou, no ano passado, a edtech Academia de Diversidade.
“Uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho da ONU, em 2021, nos mostrou como a qualificação de profissionais para atuarem com a promoção da DEI é importante. Os resultados apontaram que 87% das empresas monitoradas têm a vontade de promover essas iniciativas, contudo, apenas 60% delas contavam com ações realmente efetivas nesse sentido”, conta Tânia.
A fundadora reforça que ainda estamos extremamente distantes do ideal, lembrando como a grande massa reagiu quando o assunto foi parar na televisão e viralizou. “Uma das participantes da nova temporada do Big Brother Brasil que começou há alguns dias, Sarah Aline, foi apresentada como analista de diversidade e inclusão. Seja por estranhamento, dúvida ou curiosidade, sua profissão viralizou, no entanto, na maioria das vezes tratada de forma totalmente equivocada e com ironias nas redes sociais”.
Mais de 100 pessoas já formadas
A Academia de Diversidade já formou mais de 100 pessoas e prepara o início de sua terceira turma de formação em DEI. Os estudantes são preparados para a gestão de pessoas com foco na equidade e inclusão de minorias e estimulando a diversidade de etnias, corpos, cultura, religiões, gêneros, orientações sexuais, idade e deficiências.
“É muito comum ouvirmos que viajar para outros países, conhecer diferentes culturas e tradições amplia nossa visão de mundo e nosso desenvolvimento pessoal. O que as pessoas esquecem é que para estar imerso no diferente não é necessário ir tão longe, basta estar aberto a conviver com a diversidade”, destaca Tânia.
Dados do estudo “Diversity Matters: América Latina” da McKinsey comprovam os benefícios dessa reflexão feita pela fundadora. Quando faz parte de um time diverso, um profissional tem uma probabilidade 152% maior de propor novas ideias e implementar mudanças.
Formação em DEI conta com aulas gravadas e ao vivo
As aulas do curso da Academia de Diversidade são divididas em nove módulos e dois encontros ao vivo:
Perspectivas e Conceitos
Equidade PcD
Equidade Racial
Equidade de Gênero
Equidade Etária
Equidade Sexual
Comunicação e Linguagem Inclusiva
Vieses Inconscientes
Vivenciando a DEI no Dia a Dia
Ainda fazem parte do programa três master classes em temas como posicionamento no LinkedIn, ESG e sustentabilidade com convidados de notável especialidade em temas dentro e fora do universo da Diversidade e Inclusão.
As turmas são compostas por pessoas que querem se aprofundar no tema, interessados em conhecer a dimensão profissional da área, trabalhadores que buscam aplicar os conceitos de DEI em sua empresa ou qualquer indivíduo que tenha assumido o propósito de transformar o mundo em que vive.
Sobre Tânia Chaves
Tânia é graduada em comunicação social, especialista no uso de tecnologias em comunicação social e Linkedin Top Voice. Atualmente, é responsável por essa área dentro de uma das maiores empresas de mídia do mundo.
Acumula mais de 30 anos de atuação nas áreas de publicidade e marketing, passando por empresas de diferentes setores como shopping centers, indústrias, agências de publicidade, entidades de classe, órgãos públicos.
“Acredito que negócios que contemplam a diversidade e a inclusão são mais sustentáveis, lucrativos e criativos”, conta. “A academia é a realização do sonho de uma mulher preta que começou a provocar reflexões sobre a equidade enquanto buscava ter um mundo melhor para o seu filho. Fui percebendo a carência da especialização e dessa necessidade nas empresas”, conclui.
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